Parte II
Este conto foi escrito para meu antigo dono.
- Na verdade São Paulo que é frio –
murmurei sorrindo.
- As mulheres daqui são bem assanhadas
né?
- Me acha assanhada? – olhei para ele,
tentando evitar os olhares na rua.
- Não, na verdade achei que era menos
tímida. Falo em relação a moça que estava falando comigo quando você chegou. –
tentei ficar indiferente em relação a sua declaração, mas acredito que minha
escuridão me denunciou.
Augusto parou, olhou-me nos olhos
divertido:
- Está com ciúmes? –não respondi, apenas fiz birra ficando mal humorada.
- Laura você sabe que não sou seu
namorado né? Nossa relação se resume apenas a Dominador e submissa. – ainda
mais irritada com suas palavras, respondi desviando o olhar para qualquer coisa
que não fosse ele.
- Eu não estou dizendo nada, não
precisa se preocupar com meus sentimentos...
- Acho que estou sendo bonzinho demais com
você, vai levar algumas cintadas hoje exatamente as 5:30 da tarde para aprender
a não me responder desse jeito. – Augusto falou olhando no celular as horas.
Confesso que tive vontade de gritar,
xingar ele, mas já fazia tempos que eu havia me tornado uma mulher, uma mulher
solitária indiferente aos próprios sentimentos, por isso ignorei tudo que vinha
em minha mente, respirei fundo e respondi em voz baixa.
- Sim Sr.
Andamos pela praça, estava bastante
movimentada crianças com suas mães no jardim, adolescente, e até paredões
tocando ora forró, ora pagode.
O clima ficou pesado entre agente, não
nos falamos mais, o silêncio reinava entre nós, eu queria perguntar alguma
coisa só para acabar com aquela situação, mas nada vinha na minha cabeça.
- Vamos voltar Laura! – Augusto pegou
minha mão e demos meia volta, caminhando em direção do hotel.
Assim que entramos começou a chover,
então percebi que fiquei tão inebriada em meus pensamentos que não percebi o
tempo fechar. Subimos as escadas e entramos no seu quarto.
Fiquei parada no meio do quarto,
enquanto ele trancava a porta. Por trás sentir os longos dedos puxarem meus
cabelos para o lado, e os lábios dele selarem um beijo em minha nuca, Augusto
bebia do meu cheiro, quando um de seus braços transpassou meu corpo, passando
por baixo dos meus seios, com sua mão chegando a tocando minha buceta, puxando
meu corpo para perto de si.
A ereção de meu dono estava na minha
bunda, cerrei meus olhos enquanto ele usava meu corpo a seu modo. Ainda por
cima da roupa, uma de suas mãos castigava meu clitóris, enquanto a outra
apertava e brincava com meus seios.
- Você está molhada cadela? – respondi
com voz manhosa em sinal positivo.
Parando suas caricias fui empurrada na
cama de bruços, Augusto puxou meu short juntamente com minha calcinha, levei
dois tapas no bumbum e de repente a cabeça quente de sua rola me torturava passeando
em minha bunda, adentrando lentamente logo em seguida minha buceta.
- Sinta minha cadelinha, sinta seu dono
– ouvir sua voz sussurrando enquanto puxava meu cabelo. Mordi o lábio inferior
gemendo. Então ele socou forte, abrindo espaço dentro de mim, sentir um prazer
indescritível somado a uma fraqueza na qual eu nem conseguia apertar os lençóis
por cima da cama.
Augusto deitou-se ao meu lado, por trás
de mim e continuou metendo. Essa posição sim, era deliciosa, seu rosto estava
colado ao meu, nosso suor se misturava escorrendo pelo lençol, e aos poucos ele
diminuía o ritmo dando ultimas estocadas profundas entramos em extasse juntos.
Fiquei frágil imóvel, minhas forças
esvaíram, mas não podia me sentir menos satisfeita, meu dono respirava ofegante
em minha nuca. Me virei para olha-lo em seus olhos, toquei seu rosto, seus
lábios e ele me beijou, dessa vez ele demorou mais, é como se fosse um prêmio
ou um consolo pelo que estava por vir.
***
Dormimos um pouco, e exatamente as 17h
fui acordada por ele. Minha coleira estava em meu pescoço, o olhei sonolenta.
- Você confia em mim Laura? – fiquei
desconfiada e com medo, mas não hesitei em responder.
- Sim Sr.
- Nossa safeword será “são”, use-a se
precisar dela – declarando isto Augusto, prendeu meus braços na cabeceira da
cama, e vendou meus olhos com uma fita macia de algodão.
- Laura diga porque você vai ser
punida.
- Serei punida pela minha
desobediência, desconfiança e pela forma como respondi meu dono.