Esse conto foi escrito para meu antigo Dono.
Parte 1
Era
dia frio, lembro-me bem das leves garoas de inverno que cortava frequentemente
o dia, quando meu celular tocou, o número era estranho, fitei o celular por um
tempo antes de atender, naquele dia realmente não estava afim de falar com atendentes
da Claro, dispensar cursos, ou esquivar de algum pretendente insistente, mas
como sempre minha curiosidade de saber quem me ligava foi maior, com minha avó
doente não poderia me dá ao luxo de deixar uma ligação ser desviada.
Desinteressada,
toquei a tela do celular e com o polegar arrastei o símbolo verde para atender
a ligação:
-
Alô?
-
Olá Laura! – a voz masculina zoou do outro lado da linha, havia um sotaque
estranho, pensei de ser algum colega da universidade...
-
Quem fala? – perguntei um tanto aborrecida, sentando na cama de solteiro que
havia em meu quarto.
-
Minha menina sou eu seu Dono, acabei de chegar em sua cidade!
-
Sr. Augusto? – borboletas passearam pela minha barriga, não sei definir qual
era o sentimento naquele momento...
- E
tens outro Dono? - seu sorriso do outro lado era sarcástico. Num salto levantei
da cama e encostei a porta.
-
Desculpe Sr., que surpresa, em que parte da cidade se encontra? – mordi o lábio
inferior, enquanto milhões de coisas vagavam pela minha cabeça.
-
Estou no único hotel descente em sua cidade...
-
Provavelmente o Hotel Talismã – sorri, pelo jeito como ele falava do hotel, na
verdade não era só o único hotel descente da cidade, era o único hotel da
cidade.
-
Sim este mesmo, desejo vê-la ao final desta tarde, venha com uma roupa debaixo
adequada.
-
Sim senhor – responde animada.
-
Bom vou comer algo agora, depois nos falamos.
-
Certo tchau – esperei ele se despedir do outro lado e desliguei.
Com
um sorriso bobo, peguei alguns cremes e corri para lavanderia. Rapidamente
lavei os cabelos, os deixando na hidratação, fiz as unhas.
As
horas daquele sábado atribulado correram rapidamente, Sr. Augusto já havia me
ligado na faixa de uma hora da tarde, eu havia acabado de chegar do
encerramento junino do curso de inglês, e tentava arrumar o quarto bagunçado,
no qual fazia 3 meses que não via cara de uma arrumação descente devido a
correria da universidade.
Quando
o crepúsculo se aproximava, tomei o mais demorado banho da minha vida, usei
meus melhores cremes, vestir o único lingerie que tinha e fui pro conflito mais
intenso da minha vida, decidir qual roupa vestir.
Nem
lembro quantas vezes vesti e tirei roupas, e para piorar minha situação a chuva
do lado de fora começou a cair forte e grossa. Por fim acabei decidindo por ser
eu mesma, optando por uma calça jeans, uma blusa preta, tênis e um casaco de
frio.
Anunciei
a minha mãe que iria sair, e antes que ela pudesse reclamar abrir o
guarda-chuva gigante de meu irmão e sair.
Ao
chegar próximo ao hotel, minha calça já estava totalmente salpicada de lama, e
parte da minha roupa estava molhada. Um tanto envergonhada adentrei o hotel,
onde os olhares se voltavam para mim, xinguei mentalmente o pessoal medíocre
daquela cidade pequena, enquanto tentava ligar para o mesmo número no qual
havia falado com meu senhor mais cedo.
Começou
a chamar, na terceira chamada fui tocada no ombro, voltei-me rapidamente dando
de cara com ele.
- Laura?
- nem respondi, apenas balancei a cabeça
nervosa, Augusto sorriu bastante tranquilo, percebendo os olhares envolta,
pegou-me a mão guiando-me até seu quarto.
-
Em pleno século XXI, um hotel sem uma escada rolante ou elevador, sua cidade é
bastante atrasada – eu não sabia o que disser apenas sorrir timidamente e
concordei.
Com
a porta do quarto fechada, permaneci de pé atrás dele, esperando que desse uma
ordem. Pois naquele momento eu já não era uma simples mulher, e sim uma
submissa, uma cadela a ser moldada a vontades do dono.
O
quarto do hotel até que era bastante confortável, com paredes brancas, tinha
uma pequena TV, uma cama de casal bastante simples mas bem forrada, havia uma
janela de vidro coberta por uma cortina branca, um frigobar, algumas malas e
por fim uma porta que provavelmente daria em um banheiro.
Após
a análise rápida da decoração do quarto, comecei a fita-lo, havia sentando na
cama e me olhava como se estivesse analisando minha roupa, meu cabelo, meu
corpo, não sei definir bem em que ele focava, o momento pra mim era de tensão.
Mas nem por isso larguei de analisar seu belo rosto.
De repente
um pequeno sorriso desenhou-se em seus lábios, fiquei tão envergonhada que
abaixei a cabeça, e no fundo do meu peito, me perguntei porque ele estaria ali,
por mim? Com aquele sorriso poderia ter a submissa que quisesse, e muito mais
bela que eu.
- Tire seus tênis e sua calça – imediatamente
abaixei e pus-me a desfazer o cadarço – não tão rápido mocinha, como é que se
responde?
Olhei
para ele nervosa, parando tudo que eu estava fazendo – Sim senhor.
-
Boa menina continue – livrei-me dos tênis, já ia tirando as meias quando ele me
advertiu sério, então desviei das meias e tirei a calça colada com um tanto de
dificuldade.
Augusto me fitou mais um pouco... – Ajoelhe-se e
se aproxime de quatro como uma boa cadelinha faz.. – ele não faz ideia como
esses comandos me deixaram feliz, com um breve sorriso fiquei de quatro, e me
aproximei bem lentamente de suas pernas esfregando minha cabeça em sua coxa
coberta por uma calça de moletom macio como uma gata quando quer pedir comida
ao seu dono, sentir suas mãos
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