Parte 1
Fechei
os olhos e tentei dormir, mas eu estava nervosa demais para conseguir dormir,
era a primeira vez que eu entrava em um avião, pensei em todas as tragédias
aéreas que tive conhecimento na minha vida. Deveria ter ido de ônibus nem que
ficasse uma semana viajando, meu coração palpitava como se fosse sair do peito.
Pensei então em nossas sessões eu iria vê-lo no seu habitat natural, iria para
maior cidade do país para ser mais uma vez dele, somente dele. Isso me
confortou, e pude relaxar por alguns minutos...
Depois
de 3h e 20m de voo enfim estávamos aterrissando.
Fiquei perdida naquele aeroporto
enorme, era tanta gente entrando e saindo. Peguei as malas caminhei calmamente
e de repente sentir um frio na barriga, como o Augusto me encontraria? Decidi
não ficar perambulando, sentei no primeiro banco que encontrei próximo a saída,
liguei o celular e recebi mensagens da operadora me informando que alguns
números haviam me ligado. Brinquei um pouco com o celular tentando disfarçar a
ansiedade, mas não adiantava.
Fitei o ambiente, olhei as pessoas
passarem apressadas, quando vi a plaquinha informando wifi livre. Liguei o wifi
do meu celular, rapidamente o whatsapp foi atualizando. Verifiquei as
mensagens, havia mensagem de meus pais e de Augusto também.
Augusto
Oliveira
Onde
você está?
18:35
Estou próxima a saída
18:40
Não
saía daí
18:41
Ok
18:41
Não demorou muito para que eu pudesse
avista-lo, ele vestia um jeans e uma blusa arrumada branca, cara de quem estava
trabalhando. Levantei e o abracei forte, ele me retribuiu o abraço beijando
minha nuca.
- Olá mocinha.
- Olá.
- Vamos – Augusto pegou uma das minhas
malas e eu sair puxando a outra.
- Como foi a viajem?
- Foi.. Ai eu morri de medo, quando
entrou na turbulência achei que eu iria morrer – ele rio do meu drama. Sorri
também, logo chegamos ao seu carro. Augusto abriu a mala do carro onde
colocamos minha bagagem, entramos no carro e ele se pôs a dirigir.
- O que andou aprontando? – ele me
fitou pelo retrovisor, enquanto eu analisava o caminho por onde ele dirigia.
- Não fiz nada demais eu acho – abaixei
o olhar, me lembrei que deveria contar a ele o que havia acontecido. Augusto
ficou calado, acho que processou um pouco o que eu havia dito.
- O que você fez? – me olhou novamente
pelo retrovisor.
- Nada – respondi, um pouco triste. Augusto
me castigaria quando soubesse.
Não sei porque ele não insistiu mais,
continuei a fitar à estrada, os prédios, mas logo entramos em um engarrafamento.
Nem percebi que havia dormido, acordei já no estacionamento do condomínio onde
ele morava.
- Vamos dorminhoca, chegamos – ele
estava praticamente por cima mim, me acordando. Quando eu pisquei sentir ele me
beijar, tirou meu cinto de segurança e acariciou meu rosto, me sentir segura
por ele está ali ao meu lado.
Sair do carro, pegamos minhas malas e
seguimos para entrada do condomínio. Era um clima bem aconchegante, havia um
tapete na entrada e uma recepção, mas devido ao horário já não havia mais
ninguém lá apenas o porteiro. Desejamos boa noite ao porteiro seguindo para o
elevador.
O apartamento dele era no sexto andar,
no fim do corredor. Em um molho de chaves, Augusto procurou a chave da porta, a
destrancou e entramos.
Seu apartamento era como ele, as
paredes tinham cores claras puxadas para o amarelo o que conferia uma certa
calma ao ambiente. Na sala havia três sofás, um pequeno raque e uma televisão
presa na parede. Havia também uma mesinha de centro, e da sala ainda dava para
ver três portas brancas de trinco dourado e a entrada da cozinha. Realmente não
imaginei diferente o ninho dele, sentei no sofá. A primeira coisa que fiz foi
tirar os sapatos, os tênis que uso de costume. Desabotoei a calça.
- Posso? – perguntei.
- Não tem ninguém aí, fique à vontade –
ele me fitava sentado no outro sofá, tirei a calça jeans. Já ia sentando
novamente no sofá.
- Não, venha aqui – ele fez sinal para
sentar em seu colo. Fui calmamente até ele e sentei-me em seu colo.
Augusto acariciou meu corpo, passou a
mão pela minha nuca, apertou meus seios sobre o cropped branco com um decote
profundo v, abriu minhas pernas e mexeu em minha calcinha. Estremeci, elevei
minha mão até seu rosto, e nos beijamos.
- Tome um banho, vamos comer alguma
coisa depois disto minha CA-DE-LI-NHA. – sentir um frio percorrer minha
barriga. Levei um tapa na bunda ao me levanta. Peguei uma roupa, e fui até o
banheiro. Meu banho foi rápido eu estava com muita fome. Vesti uma calcinha, um
sutiã preto de renda, e um baby doll estampado de malha fina.
O procurei pela casa, ele estava na
cozinha parecia também ter tomado banho, o admirei estava sem camisa, vestia
apenas sua famosa calça de moletom, e aparentemente estava sem cueca. Viu-me
após colocar na mesa uma travessa de macarrão de forno.
- Venha, sente-se – me aproximei e
sentei à mesa. Ele estava tão lindo, cheiroso, sorriu.
- Sirva, vou pegar um vinho – peguei
uma colher grande, servir o macarrão. Logo ele apareceu com duas taças buchudas
e serviu o vinho para nós dois.
A comida estava maravilhosa, mas fiquei
com vergonha de comer mais. Quando terminamos levei os pratos para pia, os
lavei enquanto conversávamos de assuntos diversos. Meu corpo estava totalmente
quebrado, a viagem somado ao fato de eu ter dormido no banco de um carro me deixou
exausta.
Quando terminei me voltei para ele,
encostada na pia enquanto bebia o restante de vinho que estava em meu copo. Augusto
se aproximou de mim, pegou minha taça e colocou na pia, chegou bem perto como
se fosse me beijar, mas levei um tapa forte na cara que me levou ao chão.
Gritei de susto, sua face parecia
séria, sentir medo não sabia ao certo porque ele havia feito isso. O olhei
apreensiva, coloquei a mão onde levei o tapa estava ardendo.
Augusto continuou a me fita sem falar
nada, cansada de esperar perguntei..
- Au..
- Senhor para você mocinha – fui
interrompida
- Porquê?
Ele se abaixou na minha frente, segurou
meu queixo.
- Está me escondendo alguma coisa,
quero saber o que é, ou vou te bater mais... – iria desviar o olhar – não se
atreva.
- Combinamos que eu seria sua, eu
poderia transar com outros homens desde que te contasse, e não poderia me
relacionar com outros dominadores..
- E o que você fez? – ele apertou ainda
mais meu queixo.
- Eu mantenho um relacionamento com um
cara há três meses.
- E?
- Eu.. eu tive uma sessão com outro dominador
– confessei, eu não queria chorar mas eu estava tão envergonhada, que não
conseguir segurar as lágrimas..
Ele revirou os olhos, estava
visivelmente chateado, mas apesar disso estava calmo. Sentou-se no balcão..
Sentir ele distante, preocupado, talvez triste, um vazio invadiu meu peito.
- Não me manda embora senhor eu te
imploro, vou te obedecer isso não vai mais acontecer – seu olhar se voltou para
mim.
- Claro que não vai mais acontecer -
ele levantou – olhe para o chão.
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