3 de fevereiro de 2016

Mais uma Sessão

Parte 1


Fechei os olhos e tentei dormir, mas eu estava nervosa demais para conseguir dormir, era a primeira vez que eu entrava em um avião, pensei em todas as tragédias aéreas que tive conhecimento na minha vida. Deveria ter ido de ônibus nem que ficasse uma semana viajando, meu coração palpitava como se fosse sair do peito. Pensei então em nossas sessões eu iria vê-lo no seu habitat natural, iria para maior cidade do país para ser mais uma vez dele, somente dele. Isso me confortou, e pude relaxar por alguns minutos...
Depois de 3h e 20m de voo enfim estávamos aterrissando.
Fiquei perdida naquele aeroporto enorme, era tanta gente entrando e saindo. Peguei as malas caminhei calmamente e de repente sentir um frio na barriga, como o Augusto me encontraria? Decidi não ficar perambulando, sentei no primeiro banco que encontrei próximo a saída, liguei o celular e recebi mensagens da operadora me informando que alguns números haviam me ligado. Brinquei um pouco com o celular tentando disfarçar a ansiedade, mas não adiantava.
Fitei o ambiente, olhei as pessoas passarem apressadas, quando vi a plaquinha informando wifi livre. Liguei o wifi do meu celular, rapidamente o whatsapp foi atualizando. Verifiquei as mensagens, havia mensagem de meus pais e de Augusto também.

Augusto Oliveira
Onde você está?
18:35
                        Estou próxima a saída
                                                    18:40
Não saía daí
18:41
                                                        Ok
                                                     18:41

Não demorou muito para que eu pudesse avista-lo, ele vestia um jeans e uma blusa arrumada branca, cara de quem estava trabalhando. Levantei e o abracei forte, ele me retribuiu o abraço beijando minha nuca.

- Olá mocinha.
- Olá.
- Vamos – Augusto pegou uma das minhas malas e eu sair puxando a outra.
- Como foi a viajem?
- Foi.. Ai eu morri de medo, quando entrou na turbulência achei que eu iria morrer – ele rio do meu drama. Sorri também, logo chegamos ao seu carro. Augusto abriu a mala do carro onde colocamos minha bagagem, entramos no carro e ele se pôs a dirigir.
- O que andou aprontando? – ele me fitou pelo retrovisor, enquanto eu analisava o caminho por onde ele dirigia.
- Não fiz nada demais eu acho – abaixei o olhar, me lembrei que deveria contar a ele o que havia acontecido. Augusto ficou calado, acho que processou um pouco o que eu havia dito.
- O que você fez? – me olhou novamente pelo retrovisor.
- Nada – respondi, um pouco triste. Augusto me castigaria quando soubesse.
Não sei porque ele não insistiu mais, continuei a fitar à estrada, os prédios, mas logo entramos em um engarrafamento. Nem percebi que havia dormido, acordei já no estacionamento do condomínio onde ele morava.
- Vamos dorminhoca, chegamos – ele estava praticamente por cima mim, me acordando. Quando eu pisquei sentir ele me beijar, tirou meu cinto de segurança e acariciou meu rosto, me sentir segura por ele está ali ao meu lado.
Sair do carro, pegamos minhas malas e seguimos para entrada do condomínio. Era um clima bem aconchegante, havia um tapete na entrada e uma recepção, mas devido ao horário já não havia mais ninguém lá apenas o porteiro. Desejamos boa noite ao porteiro seguindo para o elevador.
O apartamento dele era no sexto andar, no fim do corredor. Em um molho de chaves, Augusto procurou a chave da porta, a destrancou e entramos.
Seu apartamento era como ele, as paredes tinham cores claras puxadas para o amarelo o que conferia uma certa calma ao ambiente. Na sala havia três sofás, um pequeno raque e uma televisão presa na parede. Havia também uma mesinha de centro, e da sala ainda dava para ver três portas brancas de trinco dourado e a entrada da cozinha. Realmente não imaginei diferente o ninho dele, sentei no sofá. A primeira coisa que fiz foi tirar os sapatos, os tênis que uso de costume. Desabotoei a calça.
- Posso? – perguntei.
- Não tem ninguém aí, fique à vontade – ele me fitava sentado no outro sofá, tirei a calça jeans. Já ia sentando novamente no sofá.
- Não, venha aqui – ele fez sinal para sentar em seu colo. Fui calmamente até ele e sentei-me em seu colo.
Augusto acariciou meu corpo, passou a mão pela minha nuca, apertou meus seios sobre o cropped branco com um decote profundo v, abriu minhas pernas e mexeu em minha calcinha. Estremeci, elevei minha mão até seu rosto, e nos beijamos.
- Tome um banho, vamos comer alguma coisa depois disto minha CA-DE-LI-NHA. – sentir um frio percorrer minha barriga. Levei um tapa na bunda ao me levanta. Peguei uma roupa, e fui até o banheiro. Meu banho foi rápido eu estava com muita fome. Vesti uma calcinha, um sutiã preto de renda, e um baby doll estampado de malha fina.
O procurei pela casa, ele estava na cozinha parecia também ter tomado banho, o admirei estava sem camisa, vestia apenas sua famosa calça de moletom, e aparentemente estava sem cueca. Viu-me após colocar na mesa uma travessa de macarrão de forno.
- Venha, sente-se – me aproximei e sentei à mesa. Ele estava tão lindo, cheiroso, sorriu.
- Sirva, vou pegar um vinho – peguei uma colher grande, servir o macarrão. Logo ele apareceu com duas taças buchudas e serviu o vinho para nós dois.
A comida estava maravilhosa, mas fiquei com vergonha de comer mais. Quando terminamos levei os pratos para pia, os lavei enquanto conversávamos de assuntos diversos. Meu corpo estava totalmente quebrado, a viagem somado ao fato de eu ter dormido no banco de um carro me deixou exausta.
Quando terminei me voltei para ele, encostada na pia enquanto bebia o restante de vinho que estava em meu copo. Augusto se aproximou de mim, pegou minha taça e colocou na pia, chegou bem perto como se fosse me beijar, mas levei um tapa forte na cara que me levou ao chão.
Gritei de susto, sua face parecia séria, sentir medo não sabia ao certo porque ele havia feito isso. O olhei apreensiva, coloquei a mão onde levei o tapa estava ardendo.
Augusto continuou a me fita sem falar nada, cansada de esperar perguntei..
- Au..
- Senhor para você mocinha – fui interrompida
- Porquê?
Ele se abaixou na minha frente, segurou meu queixo.
- Está me escondendo alguma coisa, quero saber o que é, ou vou te bater mais... – iria desviar o olhar – não se atreva.
- Combinamos que eu seria sua, eu poderia transar com outros homens desde que te contasse, e não poderia me relacionar com outros dominadores..
- E o que você fez? – ele apertou ainda mais meu queixo.
- Eu mantenho um relacionamento com um cara há três meses.
- E?
- Eu.. eu tive uma sessão com outro dominador – confessei, eu não queria chorar mas eu estava tão envergonhada, que não conseguir segurar as lágrimas..
Ele revirou os olhos, estava visivelmente chateado, mas apesar disso estava calmo. Sentou-se no balcão.. Sentir ele distante, preocupado, talvez triste, um vazio invadiu meu peito.
- Não me manda embora senhor eu te imploro, vou te obedecer isso não vai mais acontecer – seu olhar se voltou para mim.

- Claro que não vai mais acontecer - ele levantou – olhe para o chão.

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