Uma vida fora do cativeiro: PARTE I
Fitei o teto
cansada da viagem, estava tudo rondando minha mente, processando toda
informação dos últimos meses.
- Adanna – o
senhor misterioso chamou minha atenção, ainda vestia seu terno preto, segurava
nosso contrato em suas mãos.
- Sim
senhor? – me posicionei na posição de kajira como Sebastian havia me ensinado,
sentada sobre meus pés, repousando as mãos sobre as coxas, de cabeça baixa. Ele
sentou-se na cama.
- Você leu
esse contrato direitinho?
- Sim.
- Quero que
olhe para mim quando eu falar com você – seu tom parecia sério, levantei o
olhar confusa – sei que foi adestrada como uma kajira, escrava, não sou adepto
da cultura Goreana por isso comigo você vai ser uma menina doce e ao mesmo
tempo minha cadela, entendeu?
- Sim
senhor...
- Quando eu
falar com você quero que responda sim dad – ele foleou o contrato – li seu
antigo contrato com Sebastian, no BDSM as coisas são mais intensas, esteja
ciente de que você é minha, controlarei suas roupas, seu horário de comer, está
proibida de sair sem mim, tocar nas suas partes intimas, seu banho eu darei
pessoalmente, fique longe de estranhos. Poderá usar o banheiro e beber água
quando quiser, se me desobedecer será punida. Entendeu?
- Sim dad.
- Boa menina
– ele levantou acariciando meus cabelos revoltos.
‘Dad’ se
retirou do quarto, deitei novamente no tapete felpudo. Sebastian havia sido meu
primeiro dono, entreguei-me a ele aceitando viver como escrava em cativeiro,
apesar de estarmos tão avançados em tecnologia, quando conheci o Sebastian na
pós graduação eu faria qualquer coisa para tê-lo inclusive ser escrava dele.
Aconteceu tudo tão rápido, quase do outro lado do país meus pais acreditavam
que eu havia arrumado um emprego, e vivia uma vida independente.
Depois de um
ano com Sebastian, eu já não me via sendo uma mulher independente, a minha
liberdade estava em seguir meu instinto e servi meu dono, nunca vou esquecer do
dia em que ele me disse que não me queria mais, foi decepcionante ver toda
aquela linda literatura dele morrer. No entanto ele já tinha um novo destino
para mim, com meu consentimento deu-me como um objeto ao seu amigo, cujo nem o
nome eu sei.
Talvez eu
estivesse louca, vazia. Engolindo minha dor acabei cochilando. O Sr. misterioso
me acordou como se acordasse uma criança, pegou meu corpo mole e começou a
despir-me, falando baixo para não me assustar.
- Vamos
Adanna, tem que tomar banho e comer antes de dormi – sonolenta acordei calma,
já estava praticamente nua exceto pela calcinha – vamos minha menina fique de
pé – levantei, então ele abaixou minha calcinha. Pegando-me pela mão caminhou
comigo até o banheiro, onde havia uma banheira com água quente, me ajudando a
entrar, prendeu meus cabelos e começou por banhar a minhas costas, deslizando
as suas grandes mãos pelo meu corpo.
Meu dad era um homem alto, de corpo normal, nem gordo nem magro, de cabelos grisalhos e pele pálida, ele realmente parecia ter nascido no Rio Grande do Sul.
Meu dad era um homem alto, de corpo normal, nem gordo nem magro, de cabelos grisalhos e pele pálida, ele realmente parecia ter nascido no Rio Grande do Sul.
Demorou para
cair a minha ficha, eu estava nua na frente de outro homem, percebi apenas
quando suas mãos tocaram nos meus seios e o bico ficou rígido. Ele me ensaboou
toda, enxaguo-me e para finalizar lavou delicadamente minha intimidade, me
arrepiei toda. Me senti ridícula, uma mulher daquele tamanho regredindo daquele
jeito? A vergonha era tanta que meu rosto ardia, ao mesmo tempo que eu senti um
imenso frio, apesar da água quente o ar dentro de casa era frio.
- Venha –
ele pegou uma toalha grande lilás, bastante macia e me envolveu.
- Está frio
Dad – murmurei tremendo. Gentilmente ele me pegou no colo, levando-me até o
quarto.
- Você está
acostumada com climas quentes, por isso sente tanto frio – usando um controle
ele aumentou a temperatura no aquecedor, me desenrolando, enxugou-me – você é
linda – disse-me fitando meu corpo, sentir uma imensa vergonha, nunca gostei do
meu corpo. Meu corpo, achava meus ombros largos em relação ao meu quadril,
embora meu quadril ficasse enorme quando eu vestia um vestido, minha parte
intima era mais escura que o resto do corpo, meus seios apesar de cheios eu os
via flácidos e meu bumbum era todo marcado por finas marcas de estrias, mesmo
assim ele me fitava assim como Sebastian e dizia que eu era linda, talvez
realmente eu tivesse baixa estima, e ele estivesse certo, eu deveria mostrar a
ele como suas palavras me faziam bem, no entanto eu nem sabia como reagir.
- Levante-se
– levantei, apesar de para mim ainda está frio,
estava um frio suportável. Passou-me talco por debaixo dos seios, deu-me
minancora para passar nas minhas axilas, e em seguida vestiu-me uma calcinha
confortável, uma das que eu tinha na minha mala, um capote de moleton cinza,
que provavelmente era dele, e minhas meias sete oitavos preta que eu havia
comprado num site japonês há um bom tempo atrás, para termina passou-me
alfazema e me fez deitar na cama.
- Quantos
anos você tem?
- 26 anos
dad.
- Como era
sua rotina com Sebastian?
- Eu ficava
em casa, cuidando dos afazeres domésticos, e no fim do dia ele me usava como
queria – resumi, não queria entrar em detalhes. Me dava um nó na garganta
lembrar do Sebastian, mas piorava ao falar dele.
- A menina
gostava dele? – ele parecia um pai curioso, querendo saber o dia de sua filha.
Mas não sabia o que responder, meus olhos encheram de lágrimas, eu não queria
encara-lo- Shhh não precisa chorar – suas mãos acariciaram meu rosto.
- Ele me
prometeu, disse que nossa vida ia melhorar, que eu sempre seria dele, porque
não havia nada mais importante para um senhor que sua escrava, e mesmo assim
ele me trocou, ele não admite, mas me trocou sim, por uma vadia loira – falei
tudo de uma vez, sentindo meu coração se despedaçar novamente.
- Não
xingue, não quero ouvir palavrões da sua boca – ele reclamou sério.
- O senhor
vai me deixar também? Quando se enjoar de mim?
- Não posso
lhe prometer, mas se for boazinha certamente terei medo de perde-la - mais uma
vez ele me acariciou o rosto. Como ele poderia ser tão cruel? Eu estava com
ele, mas ele poderia me abandonar também a qualquer momento, era muita coisa
para engolir calada, então chorei no travesseiro enquanto ele se afastava. Cada
lágrima derramada, aliviava-me, mas a ideia de ser passada para outro me
deixava apavorada.
Dad demorou
a voltar, acho que também tomou banho, com outra roupa chamou-me da porta do
quarto. Não queria que ele visse que chorei, tentei limpar minhas lágrimas
antes de levantar, mas demorei demais então ele foi até a mim.
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