Uma menininha indefesa: Parte I
Acordei no
dia seguinte com um beijo do meu novo dono, ou melhor “pai”, ele já estava
arrumado, muito cheiroso por sinal.
- Bom dia
meu anjo, vou sair para trabalhar nada de traquinagem viu! Deixei umas
instruções para você na mesa da cozinha.
- Sim Dad –
respondi sonolenta e voltei a dormi.
Nunca tive
tanta preguiça na vida, mas eu precisava levantar. Mesmo com frio me descobrir
e caminhei até a cozinha, havia três vasos com nome “Café da manhã”, outro
“Lache das 10h”, e o último “Lanche das 3h”, além de um papel com um recado.
“Bom dia minha
menina!
Tome seu café, coma tudo. E às 10h coma o
lanche, está tudo marcadinho. No almoço mandarei alguém levar algo para você, e
às três horas coma novamente. Se tudo dê certo chego as 18 para dá seu banho.
Se comporte!”
Dei um
sorriso bobo, abrir o vaso do café da manhã, havia um pão, uma caixinha de
leite de soja Ades pequena, e um outro vasinho com pedaços de mamão. Não estava
tudo bem arrumadinho, mas percebi que ele estava se esforçando muito. Comi
pensando no que eu poderia fazer para agrada-lo.
Fucei toda
casa, havia pouca comida nos armários, e tudo bem prático, comidas rápidas, bem
típico de homens mesmo. A geladeira possuía poucas coisas também, logo percebi
que não poderia preparar um jantar para ele.
Desanimada
deitei na cama, fitei o quarto então me lembrei de como estava bagunçado.
Talvez ele gostasse de encontrar seu quarto arrumado, enfim havia encontrado
algo que eu poderia fazer por ele, limpar toda casa.
Comecei pelo
quarto, arrumei seus livros, o guarda-roupa, forrei a cama. Insatisfeita quis
fazer ainda mais, achando a lavanderia, encontrei todos os produtos de limpeza
da casa. Comecei então uma faxina pesada, queria que ele ficasse orgulhoso de
mim.
Às 11:30
alguém bateu na porta, só poderia ser o rapaz do almoço. Eu não estava adequada
para ver alguém, mas eu não podia trocar de roupa, foi uma das regras dele,
vestir apenas o que ele queria. Abrir a porta escondida atrás dela, só com o
rosto para ver quem era.
Para minha surpresa
era uma mulher bem vestida por sinal, ruiva, muito bonita.
- Olá
Adanna, o senhor Kaylon mandou isso para você – suspendendo a mão, ela me
entregou a sacola.
-
Obrigada - respondi pegando a sacola.
Foi então que me lembrei que havia esquecido de comer a merenda das dez. A moça
se despediu e saiu.
Fechei a
porta. O nome dele era Kaylon, sorri, um nome muito bonito pensei. Mas porque
aquela moça o chamou de senhor? Mil coisas começaram a se passar pela minha
mente, o quanto eu não teria chances se ela fosse outra, kajira, filha, não
sabia bem que termo era usado no BDSM. Sentir uma pontada de ciúmes, mas fiquei
tranquila, Sebastian sempre me dizia que eu não tinha o direito de ter ciúmes.
Na cozinha
abrir o vaso do lanche das 10, era uma maçã bem vermelha e cheirosa. Do saco
que moça havia me entregado, tirei uma quentinha, nela havia arroz temperado,
feijão preto, frango e uma mistura de saladas. Decidir comer a quentinha e
deixar a maçã de sobremesa.
Ao termina
voltei a limpar a casa, deixei tudo no mesmo lugar de antes, porém limpo e
perfumado.
***
Terminei
exatamente às 18h, esperei ansiosa ele entrar pela porta, no entanto ele não
apareceu. Apesar de ter me desagastado tanto, o suor não percorria o meu corpo,
apenas estava mais confortável em relação a temperatura.
Aos poucos
meu sangue se esfriava, e voltava a fazer frio, tive vontade de correr para
cama e me enrola, mas eu me sentia suja para voltar para cama. Às 19 percebi
que ele demoraria a chegar, então decidir esperar no quarto, era o cômodo mais
quente devido a presença do aquecedor.
Novamente
pensamentos negativos começaram a ronda minha cabeça, ele poderia ter me
abandonado, e não voltaria mais, meu estomago começou a dá voltas, como eu
poderia encarar um novo abandono. Me encolhi no tapete, de cabeça baixa
imaginando todas as possíveis causas do seu atraso.
Entrei numa espécie
de “auto-tortura”, foi então que ouvi o barulho de sacolas e da porta abrindo,
fui correndo para sala. Ele havia chegado cheio de sacolas e pacotes
- Boa noite
Adanna – ele parecia satisfeito e feliz por me ver, eu estava tão aliviada, que
corri para abraça-lo. Deixando as sacolas no chão, ele retribuiu meu abraço,
acariciando meus cabelos, daí me lembrei de está com fome, e que eu não havia
comido a merenda da tarde.
- Achei que
tinha me abandonado – murmurei calma.
- Está muito
assustada menina – ele me deu um beijo na testa – desculpa o atraso, sair mais
cedo do trabalho para comprar algumas coisas para você, não pensei que
demoraria tanto – me afastei um pouco, estava feliz por ele comprar coisas para
mim, no entanto com muita vergonha. Nunca me acostumei ser sustentada por
homens, na época de estudante eu já não queria ser sustentada pelos meus pais, e
naquele momento eu abria mão do meu direito ao trabalho para pertencer por
completo a outro homem.
- Adanna eu
não sou rico, mas o que eu tenho acho que é suficiente para nós dois – sentir
vontade de beija-lo, e colocar no meu colo. Mas eu era o bebe dele.
Sentando-se
no sofá, ele já ia começar a me mostrar o que havia comprado, mas fitou a roupa
que eu vestia, então olhei para mesma direção que ele, apesar de todo meu
cuidado eu havia manchado o capote cinza dele com a água sanitária que usei
para limpar o banheiro.
- Adanna o
que você fez? – Dad parecia está zangado. Fiquei assustada.
- Limpei a
casa – murmurei baixinho.
Levantando-se
o senhor Kaylon revistou todos os cômodos da casa. Bravo ele gritou comigo.
- Não falei
para você se comporta? Por que limpou a casa? – ele estava bravo porque eu
limpei a casa? Achei que fosse pelo casaco, pensei.
- Desculpe –
foi a única coisa que saiu. Era o que eu fazia para o Sebastian, estava tão confusa
novamente.
- Por que
fez isso?
- Achei que
iria gosta – respondi quase chorando. O ouvir respirar fundo.
- Vá para o
quarto, tire a roupa, quero você nua, depois se ajoelhe e fique de cara para
parede, enquanto eu penso no seu castigo.
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